Muitas mulheres jovens ativas usam anticoncepcionais orais (ACOs), embora seu efeito sobre a composição corporal e desempenho nos exercícios não tenha sido completamente estudado. Uma equipe de pesquisadores agora examinou os efeitos do CO na massa muscular feminina e descobriu que o uso de anticoncepcionais orais prejudica os ganhos musculares em mulheres jovens e está associado a níveis hormonais mais baixos.

As descobertas constam de um novo estudo intitulado O uso de anticoncepcionais orais prejudica os ganhos musculares em mulheres jovens. 
Foi conduzido por Chang-Woock Lee e Steven E. Riechman, Departamento de Saúde e Cinesiologia, Texas A&M University, College Station, TX; 
e Mark A. Newman, Laboratório de Pesquisa de Energia Humana, Universidade de Pittsburgh, Pittsburgh, PA. 

O estudo

Setenta e três mulheres geralmente saudáveis ​​entre as idades de 18-31 foram divididas em dois grupos e completaram um treinamento de exercício de resistência de corpo inteiro (RET) de 10 semanas. O Grupo 1 foi composto por 34 mulheres que faziam uso de anticoncepcionais orais (ACOs). O Grupo 2 consistiu de 39 mulheres que não faziam uso de pílulas anticoncepcionais (não ACO). As mulheres foram encorajadas a consumir pelo menos 0,5 grama de proteína por quilo de peso corporal por dia (um terço a mais do que é exigido pelas diretrizes nutricionais do governo dos Estados Unidos) para garantir que consumissem calorias e proteínas suficientes para promover o crescimento muscular.

Os participantes se exercitaram três vezes por semana durante dez semanas sob a supervisão de fisiologistas do exercício. Eles realizaram uma variedade de exercícios, incluindo pressão no peito, puxada para baixo, extensão das pernas, extensão do tríceps, rosca direta do braço e abdominais. O exercício foi feito usando máquinas de exercício padrão e cada voluntário realizou três séries de 6 a 10 repetições por exercício a 75 por cento de sua força máxima. A composição corporal foi determinada por meio de pesagem hidrostática.

Amostras de sangue foram coletadas antes e depois do treinamento e avaliadas para medir os níveis de hormônio anabólico (construção muscular) e catabólico (quebra muscular) no sangue. As concentrações sanguíneas em repouso e jejum foram medidas para três hormônios anabólicos: DHEA, DHEAS e IGF1.

Conclusão

De acordo com os pesquisadores, “ficamos surpresos com a magnitude das diferenças nos ganhos musculares entre os dois grupos, com as mulheres não OC ganhando mais de 60% a mais de massa muscular do que suas contrapartes OC”. Eles acrescentaram que, embora o estudo tenha observado efeitos negativos do uso de anticoncepcionais orais no ganho muscular no contexto do treinamento de exercícios de resistência, “estudos futuros são necessários para ajudar a explicar as razões por trás dos resultados”.